A marca suíça Artya recentemente chamou a atenção com o lançamento de um relógio de mergulho bastante peculiar: ele vem com uma faca dobrável embutida na pulseira. Artya, conhecida por sua linha de “projetos loucos”, adiciona assim mais uma peça excêntrica à sua coleção. Mas, segundo Roger Ruegger, do blog DiveIntoWatches.com, essa ideia ousada o fez lembrar de um modelo ainda mais inusitado e perigoso lançado nos anos 1970: o Sicura Safari.
Esse modelo icônico da Sicura combinava um relógio de mergulho com uma lâmina, essencialmente unindo dois ícones suíços: o relógio e o canivete. No entanto, a questão que Ruegger levanta é: no que a Sicura estava pensando ao integrar uma faca diretamente na caixa de um relógio de mergulho? Embora Victorinox, a marca suíça de canivetes, tenha fornecido a lâmina, a verdadeira responsabilidade dessa criação curiosa recai sobre a própria Sicura, uma empresa de relógios que hoje não existe mais.
A Ideia Por Trás do Sicura Safari
Se por um lado é compreensível que mergulhadores levem facas como equipamento de segurança, a integração de uma lâmina diretamente na caixa de um relógio levanta muitas questões. Mais intrigante ainda é o fato de que a faca foi posicionada do lado errado da caixa, tornando-a potencialmente perigosa para o próprio usuário. Isso gerou o apelido de “o relógio de mergulho mais perigoso de todos os tempos”, já que, além dos riscos evidentes para o usuário, esse modelo jamais passaria pelo controle de segurança de um aeroporto.
Características do Sicura Safari
O Sicura Safari era equipado com um calibre de corda manual e contava com 17 joias no mecanismo. O design robusto da caixa, combinado com a funcionalidade inusitada da lâmina, fazia do relógio uma peça excêntrica, embora, talvez, impraticável. Esse modelo marcou a história como um dos lançamentos mais audaciosos da relojoaria, misturando funcionalidades que poucos ousariam combinar.
Embora o Sicura Safari tenha sido criado há décadas, sua memória persiste como um dos designs mais radicais da relojoaria suíça, mostrando como a inovação pode, por vezes, se aventurar além dos limites do convencional.