Os consumidores de relojoaria nunca estiveram tão presentes online como no último ano. O levantamento anual realizado pelo Digital Luxury Group (DLG), o WorldWatchReport, concluiu que foram realizadas nada menos do que 85 milhões de visitas em sites de 62 relojoarias divididos em 20 mercados-chave. O estudo foi divulgado recentemente pela companhia na Suíça e indica cinco principais pontos.
O tráfego voltado para sites de relojoaria teve um aumento de 12% em 2016 quando comparado com 2015. O mês de dezembro do último ano marcou um crescimento recorde de 50% em comparação com o mesmo período de 2015.
A China deve superar os Estados Unidos com relação ao número de acessos de sites de marcas de relógios de luxo. Atualmente os dois países estão empatados nestes dados com 13,2% do total de acessos cada um, mas a potência asiática registra um crescimento médio de 39% ao ano (a média mundial é de 9%), o que deve superar rapidamente os Estados Unidos nos próximos meses se o ritmo continuar o mesmo. A companhia ainda afirma que isso é “especialmente notável por conta do WeChat, uma das plataformas de mídias sociais que são líderes na China, que tem capturado cada vez mais tráfego no lugar de websites tradicionais”. Países como Japão (6%), França (4,8%), Reino Unido (4,8%), Hong Kong (4,6%) e Alemanha (4,5%) também têm representatividade. Estes números de acesso não fazem parte dos mais de 890 milhões de usuários que se engajam com marcas de relógios em redes sociais todos os anos.
Os dados mais recentes do levantamento revelam que o tráfego para sites de relógios de luxo vem de campanhas de mídias digitais e representam o nível mais alto da história, com cerca de 20% do total de visitas nestes endereços contra 15% em 2015. No entanto, a qualidade desta audiência é mais baixa. O DLG explica que as conexões vindas de forma orgânica representam 11% dos acessos nas páginas que localizam pontos de venda – um sinal de que há a intenção de compra –, mas a audiência vinda de anúncios pagos representam apenas 5% da busca por revendedores e butiques.
O tráfego vindo das redes sociais de maneira orgânica tem uma qualidade muito superior. Destes usuários, 13% chegam à pagina que indica os locais onde os relógios são comercializados. “Enquanto esta qualidade é extremamente alta, as marcas têm um trabalho pela frente para que haja um aumento nos cliques que recebem para visitas a seus sites”, com um número de acessos que representa apenas 6% do público alcançado. No entanto, o grupo indica que “o crescimento é bastante rápido, com aumento de 76% ao ano com a ampliação dos investimentos nas mídias sociais”.
O uso de plataformas de e-mail marketing tem sido “grosseiramente subutilizados” por marcas de relógios de luxo. Eles representam apenas 0,4% do tráfego em seus sites, mas com uma qualidade muito melhor do que qualquer outra. Com uma base de dados forte de clientes e consumidores prospectados faz com que o e-mail não seja apenas um excelente canal de comunicação, mas também faz com que a marca abra espaço para opções mais focadas do que as opções voltadas para grandes players de mídias sociais.
Desta forma, a presença online da marca é algo extremamente relevante atualmente. Em média, 9% dos acessos aos sites das principais marcas de relógio do mundo termina na página de busca de lojas, o que, como dito, representa uma forte intenção de compra.
O levantamento é realizado com dados fornecidos por 62 marcas. Entre elas estão Audemars Piguet, A. Lange & Söhne, Baume & Mercier, IWC, Jaeger-LeCoultre, Montblanc, Omega, Panerai, Rolex e TAG Heuer. O DLG informa que novos dados do estudo WorldWatchReport devem ser divulgados em breve.